sexta-feira, 8 de março de 2013

BRUNO É CONDENADO A 22 ANOS E 3 MESES DE PRISÃO


8/3/2013 às 07h36

Bruno é condenado a 22 anos e 3 meses de prisão

AGÊNCIA ESTADO
MARCELO PORTELA E ALINE RESKALLA
O goleiro Bruno Fernandes foi condenado a 22 anos e 3 meses de prisão pela morte e ocultação de cadáver da ex-amante Eliza Samudio e pelo sequestro e cárcere privado do filho que teve com ela. A ex-mulher de Bruno, também acusada, Dayanne Rodrigues do Carmo, foi absolvida, por 4 votos a 3, assim como havia sido solicitado pela Promotoria.
Com a admissão de Bruno de que Eliza foi assassinada, e de que ele teria sido informado do que ocorreu, a defesa se distanciou, na quinta-feira, da linha inicial de argumentação na qual destacava não haver corpo e realçava dúvidas sobre o próprio assassinato. Os defensores de Bruno chegaram a falar em uma pena 'em torno de dez anos', por uma 'participação menor' no crime e pediram reiteradamente aos jurados que fizessem 'justiça'.
O advogado do réu, Lúcio Adolfo, destacou que 'a imprensa' já havia sentenciado os réus e 'esperava a condenação' também por parte do conselho de sentença. Na sequência, distribuiu vendas às cinco mulheres e dois homens do júri, lembrando que a justiça 'é cega'.
Reinterrogatório
O quarto e último dia do julgamento do ex-goleiro do Flamengo começou com um pedido de reinterrogatório dos dois réus. Dayanne confirmou que recebeu telefonemas do então policial civil José Lauriano de Assis Filho, o Zezé, orientando sobre para quem deveria entregar o filho de Eliza e Bruno, quando tiveram início as investigações. Segundo Dayanne, Zezé agia por ordem de Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, tido como braço direito de Bruno e condenado, em novembro de 2012, pelo assassinato de Eliza.
Dayanne contou que tinha e tem medo do ex-policial. 'Pelo que Bruno falou, minhas filhas correm risco. Tinha medo e estou com medo agora, tanto dele (Zezé) quanto do Macarrão e da situação', declarou. Considerando que ela agiu sob pressão, o promotor pediu a absolvição.
Bruno, por sua vez, afirmou que 'sabia e imaginava' que Eliza seria morta quando deixou seu sítio em Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na companhia de Macarrão e de Jorge Rosa. Em depoimento, na quarta-feira (06), o goleiro já havia assumido que a ex-amante foi assassinada e admitiu que 'aceitou' e 'se beneficiou' do crime, mas ressaltou que só soube do homicídio após ele ter ocorrido.
Na quinta-feira (07), em nova declaração, alegou que sabia que Eliza ia morrer 'pelas constantes agressões' de Macarrão contra a moça e 'pelo fato de ter entregue dinheiro para ela', que cobrava ajuda para cuidar do bebê.

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