1/5/2013 às 17h06, última atualização: 1/5/2013 às 17h15.
Grávida espera 14h por parto em hospital e bebê morre
DM.COM.BR
OLIVIA PROENÇA
Pais de um recém-nascido morto após sofrer uma parada cardiorrespiratória pouco tempo após o parto denunciam que o Hospital Municipal de Cristalina, foi negligente ao realizar o atendimento médico.
Ana Paula Silva, mãe da criança, afirma que chegou à unidade sentindo fortes contrações, mas foi encaminhada para a sala cirúrgica somente depois de esperar 14 horas por atendimento.
Familiares do bebê que estão revoltados com a situação, registraram ocorrência na Polícia Civil alegando que houve demora no atendimento. A família também chegou a realizar um protesto em frente ao hospital pedindo Justiça. “Trazer a nossa filha nós não vamos conseguir, mas a gente quer saber quem foi o responsável para que isso não possa acontecer com outras famílias”, desabafa o pai do bebê, Lucas Arraes.
A direção do Hospital Municipal de Cristalina alegou que a criança nasceu com dificuldades para respirar e precisava ser internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal. Com isso, foi solicitada uma vaga nas UTIs de Catalão, Goiânia, Anápolis e Brasília, mas estavam todas lotadas.
Maks Wilson Lustosa, secretário de Saúde de Cristalina, contesta a versão dos familiares do bebê. “Os municípios não têm o que fazer. Os hospitais públicos das cidades fazem todos os meios legais disponibilizados para realizar o atendimento, mas quando não tem vaga é uma questão de estado, de regulação mesmo. A mãe e o bebê receberam o atendimento possível em Cristalina”, declara o secretário.
A Central de Regulação em Goiânia afirmou em nota que não houve nenhuma solicitação de vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal para a recém-nascida.
Familiares realizaram um protesto em frente ao hospital pedindo Justiça. Foto: Reprodução